Oi Fábio. Muito bom. Fantástico. Obrigada. Mas na clínica eu realmente não vejo muito a degradação do homem nas mulheres. Vejo algo sempre muito relativo a história familiar da pessoa. Mulheres com fixação edipiana acabam se envolvendo com o proibido, o canalha, o desafio.....até para continuarem sozinhas....fixadas nos romances familiares. Esse é uma das situações. A outra que vejo é a repetição de relações abusivas decorrentes dos abusos dos pais ou de um deles, o que leva ao canalha. Outro caso que vejo muito é a pessoa ter um gozo masoquista resultante de culpa e de abusos nos romances familiares. Abusos que não são necessariamente sexuais. E sim violência física, verbal, agressões de todo tipo.
Excelente distinção! O canalha virá por diferentes vias, né? Mas parece haver sim esse desejo pelo "malandro" também pela via da degradação... muitas vezes, inclusive, como resposta à degradação fantasiada da própria mulher... Como sempre: não tem resposta única pra complexidade do desejo.
Belo! Indo pra parte três. Fábio, você saberia me dizer em qual do livro da editora Autêntica estão os textos do Freud que você referenciou? E os textos do Ferenczi só encontro nas obras completas?
aí que tá: canalhas são hábeis em articular um discurso que insufla a fantasia de aventura, de completude, que incute a promessa de gozo. e fazem isso, vejam só, performando uma ternura de romantismo irrestrito, de total entrega apaixonada. de cara e sem medida: carinhos, confissões, beijaços, olhares prolongados. é como se eles tentassem, mais do que convencer o outro, convencer a si mesmos (talvez ~através~ do outro, da imagem que retorna dele) de que há ali paixão. eu não sou um canalha não. sou o último dos românticos, intenso e inconsequente - e quem sabe assim, nesse teatro almodovariano do arrebatamento, eu de fato me apaixone. é um jogo narcísico de mascaramentos, um jogo vazio de afeto sentido que sobrepõe a forma ao conteúdo e cuja insinceridade passa ao largo da própria consciência do canalha. naturalmente, ao cabo, a indiferença vence, e parte-se pra próxima, e pra próxima, e pra próxima cena. enfim, os canalhas autoconvencidos-bons-moços do XXI: ó, quem há de os acusar?
Sobre a nota de rodapé: uma hipótese: a prioridade colocada por Ferenczi na subjetividade da mulher em sua escolha sexual e seu direito ao orgasmo… daí aproxima-se aos direitos de existência político-social… os tempos: partindo de uma política corporal de si para seguir à uma política relacional de si com o mundo
Acho que uma boa palavra para substituir o "desrespeito"necessário ao gozo seria dessacralizar. Em relação às outras afirmações Freudianas tenho minhas dúvidas e uma pesquisa por países certamente traria outras pistas. Acho o Freud muito casuista e focado no psicologismo excetuando a sociologia (Entretanto vejo que Freud é o gigante sobre o qual subimos nos ombros). Por exemplo, essa coisa de condicionar o gozo ao proibido. Tem uma questão de peso ai que é o fato das aparências, ou seja as pessoas usam máscaras no familiar mas qdo estão anônimas elas são outras. Falo do que minhas pesquisas me mostram. Isso acontece para os dois lados, assim, homens as vezes não levam suas esposas ao orgasmo porque não exercitam seu lado sexual com elas, não apenas por vê-las como mães mas tem mais que isso. Eu estudo muito o autismo e aprendo muito, a questão "mask" e "unmask" é algo recorrente. Isso pode ser extrapolado para os neurotípicos...mas enfim nao vou me alongar... Gostei particularmente desse seu video e teria sido ótimo se vc tivesse linkado os correlatos citados. Obrigada
Excelente vídeo professor
Obrigado!!
Excelente!
Que conteúdo rico. Obrigada, prof. Fábio!
Excelente aula Prof Fábio!!!🎉❤🎉❤🎉
Incrível, melhor canal de psicologia
Maravilhosa sua explicação😊
Aula fantástica! Obrigada!!
Muito interessante e bem explicado!
Prof. Fábio Belo, faça um vídeo comentando sobre o Sade. Adoro os relatos da Madame Champville.
Excelente sugestão!!
Sensacional
Oi Fábio. Muito bom. Fantástico. Obrigada. Mas na clínica eu realmente não vejo muito a degradação do homem nas mulheres. Vejo algo sempre muito relativo a história familiar da pessoa. Mulheres com fixação edipiana acabam se envolvendo com o proibido, o canalha, o desafio.....até para continuarem sozinhas....fixadas nos romances familiares. Esse é uma das situações. A outra que vejo é a repetição de relações abusivas decorrentes dos abusos dos pais ou de um deles, o que leva ao canalha. Outro caso que vejo muito é a pessoa ter um gozo masoquista resultante de culpa e de abusos nos romances familiares. Abusos que não são necessariamente sexuais. E sim violência física, verbal, agressões de todo tipo.
Excelente distinção! O canalha virá por diferentes vias, né? Mas parece haver sim esse desejo pelo "malandro" também pela via da degradação... muitas vezes, inclusive, como resposta à degradação fantasiada da própria mulher... Como sempre: não tem resposta única pra complexidade do desejo.
@@fabiobelo creio que sim. Vou começar a considerar essa hipótese. 😉👍
Belo! Indo pra parte três.
Fábio, você saberia me dizer em qual do livro da editora Autêntica estão os textos do Freud que você referenciou? E os textos do Ferenczi só encontro nas obras completas?
O livro do Freud é esse: amzn.to/3WGMPYN. Sim, os do Ferenczi, só nas obras completas: amzn.to/3WHErYV
@@fabiobelo Muito obrigado!
aí que tá: canalhas são hábeis em articular um discurso que insufla a fantasia de aventura, de completude, que incute a promessa de gozo. e fazem isso, vejam só, performando uma ternura de romantismo irrestrito, de total entrega apaixonada. de cara e sem medida: carinhos, confissões, beijaços, olhares prolongados. é como se eles tentassem, mais do que convencer o outro, convencer a si mesmos (talvez ~através~ do outro, da imagem que retorna dele) de que há ali paixão. eu não sou um canalha não. sou o último dos românticos, intenso e inconsequente - e quem sabe assim, nesse teatro almodovariano do arrebatamento, eu de fato me apaixone. é um jogo narcísico de mascaramentos, um jogo vazio de afeto sentido que sobrepõe a forma ao conteúdo e cuja insinceridade passa ao largo da própria consciência do canalha. naturalmente, ao cabo, a indiferença vence, e parte-se pra próxima, e pra próxima, e pra próxima cena.
enfim, os canalhas autoconvencidos-bons-moços do XXI: ó, quem há de os acusar?
Excelente texto, Ligia!! Adorei!!
Oh dúvida cruel!!
Sobre a nota de rodapé: uma hipótese: a prioridade colocada por Ferenczi na subjetividade da mulher em sua escolha sexual e seu direito ao orgasmo… daí aproxima-se aos direitos de existência político-social… os tempos: partindo de uma política corporal de si para seguir à uma política relacional de si com o mundo
É uma leitura solidária! Gosto disso. São lutas que seguem juntas. Uma não se opõe à outra.
Acho que uma boa palavra para substituir o "desrespeito"necessário ao gozo seria dessacralizar.
Em relação às outras afirmações Freudianas tenho minhas dúvidas e uma pesquisa por países certamente traria outras pistas. Acho o Freud muito casuista e focado no psicologismo excetuando a sociologia (Entretanto vejo que Freud é o gigante sobre o qual subimos nos ombros). Por exemplo, essa coisa de condicionar o gozo ao proibido. Tem uma questão de peso ai que é o fato das aparências, ou seja as pessoas usam máscaras no familiar mas qdo estão anônimas elas são outras. Falo do que minhas pesquisas me mostram. Isso acontece para os dois lados, assim, homens as vezes não levam suas esposas ao orgasmo porque não exercitam seu lado sexual com elas, não apenas por vê-las como mães mas tem mais que isso. Eu estudo muito o autismo e aprendo muito, a questão "mask" e "unmask" é algo recorrente. Isso pode ser extrapolado para os neurotípicos...mas enfim nao vou me alongar...
Gostei particularmente desse seu video e teria sido ótimo se vc tivesse linkado os correlatos citados. Obrigada
Ah, vou rever e colocar os links na descrição. Obrigado!! Excelentes observações.
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